Pobre pássaro perdido
elisasantos
Pálida vivência, ofendido
pelas brumas que turvaram-lhe
As rotas, dos céus caiu vertiginosamente com
olhos vendados
No precipício, fez caminho rumo ao horizonte...em
desvio...
Em grutas ruminou a
liberdade, fez da vida uma metáfora
Em êxodo de si, um traço abstrato
reflete-o em espelho-d'água
Todos os sentidos agonizam na gaiola da
renúncia, sem espasmos
... O seu rastro
reflete asas amarradas de lutas por nada
Em hieróglifos, a escrita da vida
do pássaro perdido, escreve
Uma história cravada nas rochas, cristais de
puro ódio.
elisasantos
Publicado no Recanto das Letras em 13/10/2006
Código do texto: T263484
montagem e
formatação_reginaLU