A
jabuticabeira podia ser vista lá fora,
como se fosse um quadro,
emoldurado pelos batentes.
Quando florescia, avisando a chegada das frutas,
enchia de doce
expectativa, o paladar e a alma.
Como era bom chupar jabuticabas no pé !
O sabor e o aroma só podem ser
comparados à doce saudade de cada lembrança que agora me assalta.
O tempo
esvaziou os sonhos,
mas não destruiu certas marcas.
Dizem que as jabuticabeiras são longevas.
Naquela reencontro a
mim mesma...
Reverencio minha árvore mágica, tão plena de frutos que não
sobrava espaço nem no tronco.
No melancólico e confortável mundo das boas
lembranças,
revisito quem fui e encontro quem sou.
reLU
São
Paulo, 12 de setembro de 2006
imagens
obtidas em grupos de troca
arte final_reginaLU